segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A Sociedade em contacto com AIDS

O surgimento da AIDS despertou medo e intensificou preconceitos preexistentes na sociedade e no mundo. As primeiras vítimas foram os homossexuais. Posteriormente, com a propagação da AIDS, prostitutas, usuários de drogas, moradores de rua ou qualquer pessoa que adoptasse comportamento inadequado para os modelos da sociedade tornaram a ser apontados como portadores potenciais.
Além da associação com a promiscuidade, a AIDS, desde o seu surgimento, esteve sempre associada à morte e à fatalidade. Através dessas associações, o portador do HIV/AIDS tem sua cidadania negada, é excluído socialmente e renegado pelas pessoas, até pela sua própria família.
A discriminação tem consequências danosas para a pândemia da AIDS e é um obstáculo aos programas de prevenção e controle da doença. Muitas pessoas, devido à discriminação da AIDS, têm medo de procurar ajuda e acabam por se afastar dos programas sociais criados para esse fim. Preferem ficar com a dúvida e ignorar o fato de poder ter o vírus a ter que enfrentar os estigmas e os preconceitos relacionados à doença.
Além do problema da discriminação para a saúde pública, o ser humano e sua dignidade são intensivamente afectados. Ao contrair o vírus, a morte é associada ao portador, de modo que a sua cidadania começa a desaparecer. Demissão do emprego, proibição de frequentar determinados lugares, desprezo, omissão no atendimento médico, abandono da família e amigos, são as principais consequências que atingem a pessoa que contrai o vírus HIV. O portador passa a ser algo descartável e dispensável para a sociedade.
A AIDS é uma doença sem cura, não um mal que veio castigar os "pecadores" e os "desvirtuados". Ela afecta qualquer um em qualquer lugar. Independentemente de opção sexual, condição social, cor, raça ou qualquer outro pré-requisito. Deve-se evitar o contágio do vírus HIV, adoptando-se cuidados essenciais e comportamentos seguros, não através do desprezo e da indiferença.

Em suma, através do amor e do carinho, deve-se conceder uma vida digna a quem possui o vírus.

Sem comentários: