segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Contra a discriminação dos deficientes

O governo e os empreiteiros não querem saber das acessibilidades, quando se trata de facilitar a vida às pessoas portadoras de deficiência. Para as associações de deficientes e estatística, só são deficientes as pessoas que estão numa cadeira de rodas, devido a acidentes, maioritariamente, rodoviários. Ou então são os deficientes das forças armadas.
E a restante maioria? Não existem? Claro que existem. E, infelizmente, não serão tão poucos como se pensa.
Na década de 80, os deficientes virem para a rua, conviver com as pessoas (ditas normais), era uma vergonha, pois os deficientes deveriam ficar em casa fechados. Felizmente que, desde essa época até aos dias de hoje, houve uma pequena, mas inicial evolução em termos de mentalidade. Embora ainda não seja suficiente.
É obrigatório que a própria sociedade comece a “abrir” mais “portas” e acessos para as pessoas com limitações de mobilidade.
O governo, em vez de dar cabo dos direitos das pessoas portadoras de deficiência, deveria ser o primeiro a apoiá-los. Os canais de televisão públicos deveriam começar a “pensar” em incentivar, nas reportagens, o publico a ir ver desporto feito por pessoas com deficiência. Portugal está completamente alienado por causa do “único” desporto chamado futebol. Devem pensar que é o único desporto em Portugal, mas enganam-se, pois há mais. Se já repararam, nos canais públicos de televisão, não se fala em paraolímpicos, que são os que mais trazem medalhas para Portugal. Não há muito orgulho, nem destaque para essas pessoas diferentes, mas iguais a todos nós.
Isto não será, seguramente, uma evolução humana e sim um retrocesso à mentalidade humana, porque se antes era uma vergonha o contacto entre deficientes e pessoas normais em público, agora os papeis invertem-se e quem deveria sentir vergonha desta medíocre discriminação deveriam ser os tais "normais" e não os deficientes! Só demonstra a, cada vez mais, escassa compreensão e sensibilidade do ser humano com o passar dos anos!

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